quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Review: Young Frankenstein (1974)

Young Frankenstein (1974)

Top 10 no que toca a comédias. Não sei quais serão exactamente (Billy Wilder está bem no topo), mas Young Frankenstein tem a genialidade de ser muito mais do que isso. É um mini Frankenstein (1931) com apontamentos (muito bons) de comédia. Ao contrário de Blazing Saddles, onde percebemos que estamos a ver um filme cujo objectivo é rir do início ao fim, os primeiros quatro/cinco minutos são tão bem escritos, realizados e produzidos (usaram partes do cenário de Frankenstein) que nos esquecemos completamente que estamos a ver uma película de Mel Brooks. E não é só o início. Durante todo o filme temos pequenos momentos de tensão que nos transportam para o thriller que este filme não é. Tudo isto funciona ainda melhor quando a habitual cameo appearance de Brooks não existe. A eventual cameo de uma figura que associamos logo ao humor iria desvirtuar tudo o que tinha sido alcançado até ali.
Gene Wilder é magnânimo, Madeline Kahn esplêndida, mas Marty Feldman é a cereja no topo do bolo. Basta um olhar (e que olhar característico o dele) para ganhar a cena. Já pelo lado negativo o destaque vai para Peter Boyle, o Monstro. Para um filme que parece querer imitar quase na perfeição o de 1931, este Monstro está longe do protagonizado por Boris Karloff. Não tem presença, a caracterização também não é sublime (ao contrário dos cenários). É quase risível. Característica apropriada para comédias, não fosse tudo o resto querer parecer sério.
Recomendo. E, no que toca a comédias, poucas vezes direi isto.

8/10
R.D.


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