sexta-feira, 1 de junho de 2018

The Woman Who Knew Too Much - Mariana Reis

Cinema Sem Lei: Qual é o teu filme preferido?
Mariana Reis: Não consigo reduzir os filmes que adoro num só. Tenho fases que se calhar me inclino mais para um ou outro... Mas talvez o Persona ou o A Clockwork Orange.

CSL: Neste caso, o que é para ti um bom filme?
MR: Um filme que me desafie mentalmente. Que me provoque, principalmente. Acima de tudo que faça sentir estranheza, num bom sentido.

CSL: Então filmes do Lynch, Kubrick ou Nolan, normalmente, são do teu interesse? Ou tentas não seguir realizadores?
MR: Sigo bastante alguns realizadores porque acabam por ter um estilo próprio que me agrada. Lynch e Kubrick são dos meus favoritos.

Stanley Kubrick
CSL: Uma vez, no Cinema Sem Lei, escolhi seis realizadores que já morreram (entre eles o Kubrick) e perguntei quem gostariam que voltasse. Uma pessoa respondeu-me que esses génios do cinema foram génios devido ao tempo e circunstância que viveram. Concordas com isso?
MR: Discordo. Acho que os filmes do Kubrick (apesar de ainda não ter visto todos) são intemporais! O género dele continua a ser irreverente o suficiente para ter impacto nos dias de hoje.

CSL: Devido às cenas violentas, A Clockwork Orange sofreu fortes críticas quando foi lançado. O Kubrick até pediu para o tirar do cinema. Achas que existe algum limite no que pode ou não ser mostrado no cinema?
MR: Acho que o bonito do cinema é poder explorar temas e assuntos sombrios/tabu que não se expressariam de outra forma. Portanto, na minha opinião, acho que não deve haver limites. Pelo contrário. Acho até que se deveria usar mais o cinema nesse sentido.

CSL: Os filmes do Gaspar Noé vão muito nesse sentido. Mas também há quem defenda que só aborda estes assuntos e os filma desta maneira para chocar e ser famoso por isso. Já viste alguma coisa dele?
MR: Já vi o Love, o Enter the Void e Irreversível. O Irreversível é dos meus filmes favoritos também! Lá está, chocou-me o suficiente para sofrer e sentir tudo o que se estava a passar durante o filme e não achei que fosse apenas para chocar. Se teve o poder de me afectar da maneira que afectou é um bom filme. Cinema é suposto fazer sentir alguma coisa e não tem que ser sempre boa.

CSL: Já deixaste algum filme a meio por não estares a conseguir lidar com ele?
MR: Não. Das coisas que mais detesto é deixar filmes a meio. Normalmente não costumo fugir às sensações que os filmes me provocam. Pelo contrário.

CSL: Falando em sensações e puxando para a nostalgia, qual é o ou os filmes que lembram a tua infância?
MR: Pergunta complicada. Talvez o Cinema Paradiso ou Forrest Gump. Talvez por serem filmes nostálgicos em si mas não encontro nenhuma razão em concreto. E porque associo o Forrest Gump ao meu pai (que é dos filmes favoritos dele).

Forrest Gump (1994)
CSL: E eu a pensar que ias falar no Mulan ou Rei Leão.
MR: Toy Story, Monstros e Companhia, Nemo. E por aí fora.

CSL: Uma vez que falaste no teu pai, tinham por hábito ir ao cinema ou viam mais em casa?
MR: Às vezes ainda é um habito. Ele gosta bastante e tenta manter isso em altura de férias. Quando há oportunidade também vemos em casa.

CSL: Então qual foi o último filme que viste no cinema? Valeu a pena o preço do bilhete ou mais valia ver em casa?
MR: Foi o Wonder. Mas sim,. não valeu o preço do bilhete.

CSL: Qual é o teu critério quando escolhes ir ao cinema?
MR: Ou vejo os realizadores ou pela imagem , pela capa. Tento sempre saber o mínimo possível para não ganhar expectativas.

CSL: Para terminar:
- um filme que te emocionou;
- um que te fez rir;
- um que mudou a tua vida;
- um que vale a pena rever todos os anos;
MR: - Call Me by Your Name /Paris Texas/A Man Called Ove
- Trainspotting
- Mommy/Trilogia do Before
- American History X

Mariana Reis
21
Licenciatura em Engenharia Biomédica


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