Das Boot (1981)
Mais do que um filme, ver Das Boot é uma autêntica experiência que recomendo. A não ser que sejam claustrofóbicos.
Adaptado de um livro de Lothar H. Buchheim, Wolfgang Petersen, o mesmo realizador de The NeverEnding Story (1984) e Troy (2004), conseguiu trazer para o ecrã um jogo do gato e do rato onde não sabemos quem queremos que seja a presa e o predador.
A narrativa passa-se durante a II Guerra Mundial e vemos a perspectiva alemã. É com eles que vamos para a guerra, o que, à partida, nos faz querer que sejam aniquilados. O filme é todo ele um jogo de contrastes. Se por um lado temos sussurros de quem é contra a guerra, também vemos jovens fervorosos. Alguns ingénuos, outros sedentos de sangue. Outro momento que o mostra é a cena de Natal. Vestidos a preceito e com pratos recheados, a marinha recebe a tripulação do submarino completamente pálida, com barba por fazer e roupa gasta. Segue-se um diálogo de queixume por parte da marinha que quase nos provoca vergonha alheia. Como diz George Orwell em Animal Farm: "All animals are equal, but some animals are more equal than others".
Passamos três horas e vinte e oito minutos (director's cut) numa luta interna entre querer ou não que aqueles alemães, em plena II Guerra Mundial, tenham sucesso. Num filme angustiante, posso até dizer que a dada altura me provocou tédio. Pelo menos até perceber que faz parte da tal experiência que falei no início. Ver um filme tão longo, sempre com as mesmas personagens e limitados ao submarino transportou-me realmente para aquela embarcação.
Jürgen Prochnow e Klaus Wennemann, tal como as suas personagens, comandam o filme muitas vezes apenas com o olhar. Destaque também para o humor sádico do 2nd Lieutenant (Martin Semmelrogge) que nos provoca a nós e especialmente ao correspondente Werner (Herbert Grönemeyer) alguns arrepios.
Passamos três horas e vinte e oito minutos (director's cut) numa luta interna entre querer ou não que aqueles alemães, em plena II Guerra Mundial, tenham sucesso. Num filme angustiante, posso até dizer que a dada altura me provocou tédio. Pelo menos até perceber que faz parte da tal experiência que falei no início. Ver um filme tão longo, sempre com as mesmas personagens e limitados ao submarino transportou-me realmente para aquela embarcação.
Jürgen Prochnow e Klaus Wennemann, tal como as suas personagens, comandam o filme muitas vezes apenas com o olhar. Destaque também para o humor sádico do 2nd Lieutenant (Martin Semmelrogge) que nos provoca a nós e especialmente ao correspondente Werner (Herbert Grönemeyer) alguns arrepios.
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