terça-feira, 28 de novembro de 2017

Review: A Christmas Story (1983)

A Christmas Story (1983)


Quando era criança brincava inúmeras vezes aos polícias e ladrões. Usava como arma uma pistola estragada do jogo Duck Hunt à qual tinha cortado o fio. Parecia verdadeira e eu, quase sempre como ladrão, lá corria e escondia pelos cantos da minha casa ou na casa dos amigos. Isto éramos nós, em Portugal, que fazíamos "pum pum" com a boca para simular um tiro. Sabíamos da consequência deles porque volta e meia víamos um filme americano onde nos mostravam isso. Mas não era a nossa realidade. Em Portugal, felizmente não há guerra e os casos de polícia raramente envolvem tiroteios. Já nos Estados Unidos a história muda de figura.

A Christmas Story é um filme para a família. Decorre num Natal da década de 40, mas podia ser no aniversário do nosso protagonista, o Ralphie (Peter Billingsley). O sonho e objectivo do Ralphie é ter uma arma e para isso tem de convencer os pais, a professora e o Pai Natal que esta seria a prenda ideal. Haverá sonho mais republicano?

O miúdo é de facto adorável. Está constantemente a sonhar acordado. Ora que os pais ficarão eternamente agradecidos porque salvou a casa dos ladrões graças à arma, ora porque a inspiração para uma composição sobre o que querem receber no Natal foi tanta que a professora ficará maravilhada com a sua e nunca mais pedirá para escrever nada. Todo o filme é acompanhado pela voz do já adulto Ralphie (voz de Jean Sheperd) um pouco à semelhança da série Conta-me Como Foi.

Como bom filme familiar, todas as situações são exageradas e as interpretações meras caricaturas. Excepção para o momento do feitiço contra o feiticeiro entre Ralphie e Scut Farkus (Zack Ward). Finalmente uma coisa bem conseguida.  

Talvez tenha visto o filme já demasiado adulto e responsável e não tenha gostado da premissa deste  clássico americano. Provavelmente se o tivesse visto em criança também iria querer uma Red Ryder B.B. gun. E aqui é que está o problema.

5/10


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