Three Billboards Outside Ebbing, Missouri (2017)
Chegou a altura do ano em que vemos tudo o que está nomeado para os Golden Globes e, mais tarde, Oscars. Se o tédio matasse, há dois anos teria morrido três vezes ao escolher Joy como o primeiro filme desta lista. Por isso este ano decidi jogar pelo seguro e atribuir esta tarefa a Three Billboards Outside Ebbing, Missouri. O nome do filme pode não ser catchy, mas foi o do realizador que me saltou à vista: Martin McDonagh, o Sting dos realizadores (vão pesquisar fotos do senhor). O mesmo autor de In Bruges (2008). Para quem viu este filme sabe o tipo de humor que está para vir.
McDonagh subiu um degrau neste filme. Conseguiu usar o mesmo humor sarcástico e muitas vezes duro, para contar um verdadeiro drama. Acompanhamos Mildred, a mãe de uma adolescente que foi morta e violada perto da sua casa. Para chamar a atenção das pessoas e autoridades que, na sua opinião, pararam de procurar o culpado, decide usar os três outdoors abandonados (onde a filha foi morta) para causar tal efeito.
Apesar deste pequena sinopse indicar um filme sombrio, os primeiros vinte a trinta minutos são quase exclusivamente dedicados ao humor. Personagens exageradas, situações forçadas... Mas nada disto é incomodativo. Enquando as camadas são reveladas percebemos que estamos perante uma grande obra que é muito mais do que aparenta. Criamos imediatamente uma ligação com Mildred, a mãe desesperada, até percebermos os problemas dos outros. Como diz uma das frases do filme: "O ódio nunca resolveu nada".
Uma vénia para Frances McDormand. Estes papéis caem-lhe que nem uma luva e neste caso é mesmo digna de Oscar. Sobre Woody Harrelson já pouco há a dizer e Sam Rockwell ganhou um fã.
Que bom que é ver um filme que quer ser isso mesmo: filme. Onde a criatividade é colocada em prática, conta-nos algo e entretém. Quero lá saber de como inventaram a mopa, esfregona ou lá o que era aquilo. Sim, David O. Russell, estou a falar contigo!
Resta-me agora seguir atentamente a carreira promissora de Martin McDonagh e pedir que para a próxima trabalhem num poster mais interessante.
Que bom que é ver um filme que quer ser isso mesmo: filme. Onde a criatividade é colocada em prática, conta-nos algo e entretém. Quero lá saber de como inventaram a mopa, esfregona ou lá o que era aquilo. Sim, David O. Russell, estou a falar contigo!
Resta-me agora seguir atentamente a carreira promissora de Martin McDonagh e pedir que para a próxima trabalhem num poster mais interessante.
8/10
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